Todos estavam abalados depois das
trágicas mortes do Vitor e do Marcio. Milena dava ordens para que os seus
soldados colocassem os corpos dentro das malas dos carros, e quando tudo estava
pronto bateram na lataria do carro e gritaram “BOA VIAGEM”
O grupo partiu de volta para
casa, desceram a serra de Texeira e entraram em Patos, a viajem toda ninguém
falou nada. Eline se sentia culpada por ter levado o grupo para o perigo.
Passaram pelo centro da cidade e chegaram em frente ao laboratório, os dois
carros pararam e o Ary desceu.
-Preciso
pegar minhas coisas, vou partir com vocês – Disse Ary enquanto entrava pelo
portão caído no chão – Não demoro.
Logo Veronica também desceu e foi
buscar suas coisas. Minutos depois eles voltaram entraram nos carros e partiram
para Santa Gertrudes.
Dez minutos depois eles se
aproximaram da comunidade, O portão estava quebrado, haviam marcas de tiro na
parede, lá alguma coisa estava pegando fogo. Os carros pararam antes de entrar,
todos saíram do carro e correram em direção a entrada, corpos estavam
espalhados pelo chão, mais a frente um grupo de pessoas estavam sentados no
chão de cabeça baixa, Betha correu para encontrar a equipe no portão abraçou
Eline e falou
-Nos
atacaram quando vocês saíram – Betha falou quase chorando – Nós tivemos que
lutar
-Estão
todos bem? – Eline questionou – perdemos mais alguém?
-Não
perdemos ninguém felizmente, mas é melhor você ir para casa, sua mãe deve estar
preocupada – Betha falou olhando nos olhos de Eline – Deixe que os meninos
cuidam disso
-Tudo
bem Betha – Thiago falou – Eu levo ela para casa
Thiago levou Eline para casa
enquanto os outros se juntavam aos restantes, Edu segurava uma pistola na mão ao
lado de Luís, Kay e Jacq com seus fuzis olhavam fixamente aquelas pessoas
sentadas no chão, um carro virado soltava cinzas no ar. Jess abraçou Kay enquanto
Lucas e o Thay se aproximavam, Bruno e Joelza chegavam por lá também.
-Vocês
são da equipe da Milena né? – Lucas falou – Nós tivemos duas percas no nosso
grupo, e como vocês vieram pra cá com tanta boa vontade, podemos deixar as
coisas iguais, dois por dois...
-Lucas,
nós conseguimos acabar com aqueles que já estão no chão – Betha falou – Esses
aí se renderam
-Betha,
depois eu ou quem esteve lá explica para você o que aconteceu – Lucas respondeu
– ah me lembrei agora, eles mataram dois por um, então um de vocês terão que
pagar...
-Lucas,
ninguém mais tem que morrer aqui – Jacq falou – aqui não é um campo de guerra
-Claro
que não é, mas se eles estão nos devendo, faz parte que alguém vá cobrar –
Lucas falou mais uma vez – Como é o nome de vocês?
Sete pessoas estavam sentadas com
os braços amarrados mas permaneceram calados com a cabeça pra baixo.
-Vamos
lá, não dificultem – Lucas falou – Não me façam perguntar de novo
-Lucas,
não haja como aquela mulher por favor – Jess falou – Nós perdemos duas pessoas,
isso só vai gerar uma guerra sem tamanho
-Eu
concordo... com o Lucas – Thay falou – Nós passamos por um trauma, o Vitor era
o único entre nós que poderia buscar a cura para isso, e eles o mataram. O
Marcio morreu de uma forma muito cruel. Quem estava lá sabe o que a gente
passou.
-Nós
também passamos por traumas – Disse uma das pessoas ajoelhadas
-Nossa,
ela fala, antes de mais nada, quando for falar diga seu nome – Lucas falou
-Meu
nome é Mey – respondeu ela – esses são Delei e Francisco, as outras são
Silminha, Angelica, Mary e a Gabriela
-Então
Mey, o que os traz a nossa humilde comunidade – Lucas se acocorou em frente a
ela e olhou em seus olhos.
-Nós
fomos mandados para observar vocês, não era para ter confronto – Mey respondeu
– Mas alguém nos viu e começou a atirar na gente...
-Nunca
mais espione ninguém, principalmente se esse alguém estiver armado – Edu falou
-Hahaha
foi você que atirou Edu? – Thay falou – Muito bem, estamos bem guardados
-Depois
que atiraram na gente, tivemos que revidar, partimos para cima, e derrubamos o
portão – Mey continuou – Mas nos enganamos, vocês estavam bem mais preparados
do que imaginamos.
-Olha
só, Nossa que comovente – Lucas falou – Nós somos as pessoas más agora.
-Nós
nos entregamos, o que mais que vocês querem? – Delei falou
-Olha
só, ele também fala – Thay se abaixou na frente dele – Não fale assim de novo,
ou minha faca vai começar a girar aqui, Cê ta me entendendo?
-Claro,
me desculpa – Delei respondeu – Só não queremos lutar
-Vocês
estão submissos a uma mulher louca – Lucas falou – Nós também não queríamos
lutar, mas vocês foram maus anfitriões, nem café nos ofereceram.
-Nós
não tínhamos escolha, ou lutávamos por ela, ou morremos – Silminha falou – Por
favor, nos aceite aqui com vocês
-Aceitar
vocês aqui? – Lucas questionou – Nós estamos em guerra, e você quer ficar do
nosso lado, essa piada não foi engraçada
-Não
foi uma piada, nós realmente não aguentamos Milena – Silminha falou mais uma
vez
-Bom...
vocês não vão poder sair daqui por um tempo, vão ficar presos – Lucas falou –
Primeiro vocês vão me dar informações sobre a cidade
-Não
sabemos tudo – Delei falou
-Claro
que sabem, vamos lá, podem começar – Thay falou olhando pra ele – Edu, meu
alicate ta em cima do meu armário pega lá pra mim
Thay e o Delei ficaram se olhando
por um tempo, Edu correu e rapidamente pegou o alicate, trouxe e o entregou ao
Thay.
-Luiz,
solta a mão esquerda dele, por favor – Thay falou olhando nos olhos de Delei
-Claro
– Luis falou desatando o nó – Ta ai...
-Olha
só isso – Thay falou olhando para a mão do Delei – Suas unhas estão mal
cortadas, por acaso você não tem higiene.
Thay pegou a mão esquerda do
Delei, esticou o dedão e segurou a ponta da unha com o alicate mecânico, mas
não foi pra cortar as unhas, com um puxão a unha do dedão de delei saiu com
muito sangue jorrando e gritos de dor de Delei
-Você
vai nos falar como destruir a Milena – Thay falou balançando a unha arrancada –
Ou vou arrancar todas as suas unhas
-Eu
falei.. que, que não sei de nada, por favor – Delei falou chorando de dor
O Thay pegou o dedo mindinho e
puxou mais uma unha, “AAAAAAi” Delei gritava muito alto, seu choro fazia o Thay
sorrir e olhar seriamente para ele
-Thay,
é melhor leva-los daqui – Beta falou com Thay – Nós não somos assim...
-Eu
vou fazer um colar de unha se ele não abrir a porra da boca – Thay respondeu
“POU” “POU” “POU” Tiros vindo de
traz atingiram as pessoas ajoelhadas, Eline vinha com a arma em punho e
atirando, quando se preparava para o quarto tiro, sua arma ficou sem munição.
Thiago conseguiu conter ela que chorava muito
-VOCÊS
MATARAM MINHA MÃE – Eline gritou – EU VOU MATAR TODOS VOCÊS
Enquanto Thiago segurava Eline,
todos tinham se afastado com medo, os três tiros acertaram o Delei e o
Francisco que agonizaram até morrer. Mey, Silminha, Angelica, Mary e Gabriela
tentaram correr, mas foram derrubadas pelo grupo.
-A
mãe de Eline não resistiu, ficou muito chocada com toda essa situação – Vildete
falou caminhando em direção a Betha – O Thiago teve que ser forte e não deixar
ela voltar como zumbi
-Thiago,
não deixa a Eline ficar aqui – O Lucas falou – Betha você é a melhor amiga
dela, fica com ela por favor
-Tudo
bem Lucas, ficarei – Betha respondeu
Thiago e Betha levaram Eline que
estava inconsolável, para a casa da Betha, enquanto parte do grupo continuavam
reunidos ali na rua
-Meninas,
é com vocês agora, os homens estão mortos – Lucas falou
-Por
favor, nós vamos cooperar – Silminha Falou – Só nos diga o que quer saber
-Vocês
sabem – Lucas piscou o olho – queremos penetrar no território de vocês, o mais
fácil possível, queremos informações...
-Milena
é muito cautelosa – Mey falou – até com a gente, ela esconde segredo
-Mas
ela tem um filho – Gabriela falou – O Victor é mais maleável
-Bom,
ele nunca ficaria contra sua mãe, então Victor descartado – Thay falou
-Também
tem o Jonathan que é o melhor amigo dele – Mary também falou
-Não
quero saber de nome, quero saber de onde a gente tem chance de entrar lá e
acabar com todos eles – A Jacq falou
-Tem
uma estradinha de barro que sai do outro lado da cidade, talvez seja um ponto
cego – Mey respondeu – A Angelica viveu sua vida lá, talvez ela possa dar
alguma informação
-Existe
um galpão abandonado que servia de deposito de bebidas – Angelica começou a
falar – Ninguém vai lá a muito tempo
-Muito
bem, você vai nos levar até lá, mas não hoje – O Thay falou – Quantos soldados
tem lá?
-Cerca
de Sessenta ou cinquenta pela cidade – Angelica falou
-São
muitos – Jess falou
-Sim,
mas pra tudo tem um plano – Kay respondeu
-Bom,
progredimos hoje, vocês limparão essa bagunça, mais tarde conversamos mais – O
Thay se levanto e pegou seu alicate e as unhas e levou para casa.
Lucas mandou que se levantassem e
fossem até o alpendre de uma das casas para saírem do sol, e assim elas foram
até lá, todo o grupo foram para suas casas, menos o Lucas, o Luiz e o Edu.
-Edu,
Luiz, fiquem de olho nelas, daqui a pouco trago agua e um pouco de pão, amanhã
nós levaremos elas conosco – Lucas falou – e ainda precisamos fazer uma
cerimônia digna para a mãe de Eline.
-Tudo
bem Lucas – Respondeu Luiz – Eu e essa carinha vamos dar de conta
-Vá
descansar Lucas, deixe com a gente – Edu também respondeu
-Muito
cuidado aí – Falou o Lucas caminhando em direção a sua casa
Mais tarde quando o sol estava se
pondo, do lado de fora de Santa Gertrudes, o grupo se reuniu em volta de uma
pilha de madeira, em cima estava o corpo da Mãe de Eline, Eline ainda estava
furiosa com o acontecido, mas não conseguiu falar nada, até que Betha quebrou o
silêncio
-Dona
Maria foi nossa mãe durante todo esse tempo difícil, ela foi uma das poucas
pessoas que não deixou o apocalipse mudar quem ela era – Betha falava
emocionada – Não foi só a Eline que perdeu sua mãe, mas nós perdemos uma grande
companheira.
O discurso emocionado de Betha
fez alguns chorarem, Eline tomou o fogo que estava com o Thay e colocou em
baixo das madeiras, o fogo pouco a pouco aumentava, até alcançar o corpo
enrolado em um lençol branco.
Minutos depois todos voltaram
para dentro, Edu continuava montando guarda, Eline se aproximou do grupo de
mulheres se baixou e falou:
-Vocês
vão levar uma mensagem minha para Milena – Eline falou olhando nos olhos de Mey
– Diga a ela que onde quer que ela esteja, quantas pessoas ela tenha, não
importa quantos armamentos ela possa ter, eu vou matar ela.
Eline nunca havia falado tão sério
e friamente como falou dessa vez
-E
se ela quer guerra, ela vai ter guerra – Eline falou se levantando e indo em
direção a sua casa, não olhou para ninguém e nem falou nada, abriu e bateu a
porta de sua casa
-Porra,
eu não queria estar na pele de vocês agora – O Thay falou – Eline pode parecer frágil
mas aquela mulher é uma força da natureza
-Nisso
tudo, ou vocês se juntam a nós, ou vão morrer também – O Lucas falou
-Nós
não vamos lutar por Milena, não queremos morrer – Silminha falou – E tem gente
lá que também não quer
-Isso
é o que veremos – Lucas respondeu – Vocês vão dormir em uma das casas, tem uma
sem janelas, não poderão fugir, se fugirem nós vamos caçar vocês, entenderam?
-Sim,
entendemos – Mey falou
Lucas e Thay pegaram elas e
levaram até a casa que serviria de cadeia, desamarraram elas e trancaram a
porta
-O
jantar é servido em uma hora – Thay falou – Não temos muito, então dois pratos
da pra vocês passarem a noite até a gente levar vocês amanhã, até mais
No outro dia bem cedo o Lucas
veio e amarrou de novo as mãos das mulheres. Kay estava montando guarda na
porta da casa, e ajudou a amarrar as outras. Já havia um carro ligado esperando
o pessoal, as mulheres foram colocadas na parte de traz dos carros, Lucas e o
Thay foram em um carro, e O Thiago e a Jacq em outro.
Os carros tomaram rumo até a
cidade de Texeira, minutos depois estavam já em Patos, dirigiram mais alguns quilômetros
até chegar na serra, os carros pararam e todos desceram.
-Não
vamos até a cidade, vocês vão subir daqui, agora nos diga por onde é mais fácil
entrar na cidade – O Thiago questionou
-Para
chegar na cidade nós temos que subir a serra, na primeira estrada de barro do
lado direito é o caminho para contornar, do outro lado fica o ponto cego – Mey falou
-Bom,
então teremos que subir para ver, vocês vão na frente, já podem começar a
caminhar – Lucas falou – Vamos lá...
As cinco mulheres partiram
caminhando subindo a serra de Texeira... até chegar na primeira estrada do lado
direito, foi mais ou menos trinta minutos caminhando, após isso, o grupo saiu
que estava atrás entrou um pouco para observar a estrada. A Jacq ficou um pouco
para traz ainda na estrada asfaltada
-Acho
que já é metade do caminho – Thay falou – Precisamos olhar no mapa, mas não
creio que tenha essa estrada
O lucas puxou sua faca e cortou
as amarras dos punhos das mulheres
-Daqui
vocês seguem sozinhas, e lembrem-se, se vocês lutarem do lado errado da força,
vão morrer...
Uma freada brusca de um carro
parava na rua asfaltada, rapidamente desarmaram a Jacq e a colocaram dentro do
carro. Saiu uma pessoa de dentro do carro e falou.
-Devolvam
nossas pessoas e teram ela de volta – Falou o Homem
Lucas que apontava a arma para
eles, baixou, e olhou para as mulheres e apontou para que elas fossem para o
carro. As cinco passaram por ele e subiram no carro.
-Pronto
agora devolvam a nossa – O Lucas falou
-Ainda
faltam mais – O homem falou
-Alguns
morreram pelos zumbis, mas o Delei e o Francisco ainda estão conosco – O Thiago
respondeu
-Então
Amanhã vamos busca-los, e ai levamos sua amiga – O Homem falou – Até mais
O carro saiu em arrancada,
enquanto eles ficaram só olhando, e correram para os carros lá em baixo no
começo da serra.
-Mas
o que você disse Thiago? – O Lucas questionou enquanto corria – Os dois estão
mortos
-Eu
tenho um plano – Thiago respondeu
Vinte minutos depois eles estavam nos carros e
foram voltaram para casa
Eita que o negocio esta ficando"bão"!!! Ja quero REVENGE👊. Mami😥
ResponderExcluirNossa! Eu li ontem e achei ótima.Claro que o coração ficou bem apertado.Está na hora de colocar aquele povo no lugar que merecem. ;)
ResponderExcluir... povo no lugar que merece.
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